PT Nacional dará mais espaço a Déda

Correio Braziliense

Embora desperte discussões e embates internos, a candidatura do PT ao Governo do Distrito Federal ainda é considerada incerta. A decisão sobre lançamento ou não de um político petista na disputa eleitoral de 2010 depende das conveniências da composição nacional em torno da formação do arco de alianças para a eleição da provável candidata petista à presidência, Dilma Rousseff. Dessa forma, não está descartada uma intervenção nacional que atrapalhe os planos do ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz e do deputado Geraldo Magela de entrarem no páreo pelo posto de governador.

O comando nacional do PT já deixou claro para os petistas de Brasília: o projeto nacional é a prioridade para o partido, que deseja manter o poder federal conquistado em 2002 por Luiz Inácio Lula da Silva. O segundo objetivo mais importante do PT é a eleição de uma ampla bancada de apoio no Congresso Nacional que dê sustentação no próprio partido para a governabilidade de Dilma, caso ela consiga derrotar o candidato da oposição, Aécio Neves ou José Serra, do PSDB.

A meta do PT é ambiciosa: construir uma bancada com 20 senadores e 120 deputados federais. Hoje são 12 representantes no Senado e 77 na Câmara. Esses planos, portanto, poderão interferir nas alianças do partido, de forma a privilegiar acordos que garantam eleições de congressistas. Nessa estratégia, o PT também dará mais espaço aos governadores que poderão disputar a reeleição. É o caso de Jaques Wagner (Bahia), Ana Júlia Carepa (Pará), Binho Marques (Acre) e Marcelo Déda (Sergipe).

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