Uma comprovação definitiva não existe, mas vale a pena tentar encontrar a área que dá mais prazer no corpo feminino
A existência do ponto G (o tal local na vagina que dá mais prazer à mulher) é controverso até os dias de hoje. Carolina Ambrogini, ginecologista e coordenadora do Projeto Afrodite, da Unifesp, diz que já foram até feitas biopsias nesse local, para comprovar sua existência, mas não há uma comprovação definitiva. “Não foi constatado que é uma região com mais terminações nervosas. A conclusão que chegamos é que essa região, talvez, seja a base do clitóris, por isso é mais sensível”, explica a médica.
Se ele existe de verdade ou não, é pouco importante. Afinal, tentar dar mais prazer à parceira, com certeza, não fará mal a ninguém. Mas é bom saber que nem todas as mulheres sentem diferença com o toque nessa região, de acordo com Carolina. Mas ela dá a dica de onde encontrá-lo.
“Imagine o canal da vagina dividido em três partes. Logo no primeiro terço está o ponto G, localizado na parede anterior (de cima) da vagina”, explica a médica. E ela diz, também, que existem posições que facilitam o toque dessa região. “As posições em que o pênis toca mais essa área é quando a mulher está por cima e, algumas vezes, quando a mulher fica de quatro.”
De acordo com o diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, Oswaldo Rodrigues Junior, essa área é notada por menos da metade das mulheres. “Alguns estudos apontam que 35% das mulheres têm a percepção maior de prazer”, explica ele. “A afirmação da existência do ponto G é uma discussão de décadas, mas os anatomistas ainda não chegaram a um acordo”, confirma o psicólogo especializado em sexualidade.
Mesmo assim, Oswaldo diz que muitas mulheres, instruídas a se tocar, podem sentir de modo claro esta área. Também do mesmo instituto, o psicólogo André Bertoldi diz que não há mistério para descobrir o ponto G, mas o sucesso da exploração vai variar de parceira para parceira, assim como a intensidade da sensibilidade.
“É uma área de fácil estimulação, principalmente com os dedos, podendo contribuir satisfatoriamente na obtenção e qualidade de prazer. Mas é importante deixar claro que o ponto G não é encontrado com tanta facilidade em todas as mulheres e sua sensibilidade também não é a mesma”, reitera ele.