Amor ao primeiro cheiro

Aparentemente, o olfato parece ter uma implicação importante no comportamento sexual humano. Foram descobertas várias substâncias presentes em secreções corporais que poderiam atuar como ferormônios sexuais, como por exemplo, a androstandienona do suor masculino e as copulinas da secreção vaginal.
Alguns estudos foram realizados usando-se substâncias semelhantes aos ferormônios, baseados na hipótese de que os ferormônios com função atrativa sexual apresentariam odor agradável. Entretanto, os resultados não confirmaram essa hipótese, levando à conclusão de que odores agradáveis não necessariamente significam atração sexual. Aliás, algo facilmente reconhecido é que nem todo odor agradável tem associações sexuais.
Jennings-White estudou as respostas do OVN humano a substâncias semelhantes aos ferormônios e encontrou que as mais ativas foram: estratetraenol e androstandienona. Também relatou que elas são sexo-específicas, ou seja, a primeira atua sobre os homens e, a segunda, sobre as mulheres. Os ferormônios de outras espécies não mostraram ação sobre o OVN humano.
Parece que, como em outros mamíferos, através dos ferormônios, as mulheres conseguiriam evitar parceiros com alguns tipos de genes semelhantes aos dela, como um mecanismo "antiincesto". Isso seria conseguido através de substâncias específicas exaladas por cada indivíduo.
Em um estudo publicado em 1999, os pesquisadores avaliaram as respostas de homens e mulheres com relação à simetria e ao odor corporais. Foi percebido que a sensualidade do odor é um indicador mais relevante na escolha do parceiro, mais do que simplesmente se o odor é agradável ou não. Um achado interessante foi o de que as mulheres percebem mais a diferença entre um odor agradável e um odor sensual durante a fase mais fértil do ciclo menstrual. Assim, foi concluído que o odor corporal é um fator relevante na escolha do parceiro.